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INSS reativa benefício de aposentado amputado após choque de 14 mil volts e diz que fará pagamento retroativo

Aposentado há 30 anos deixa de receber benefício em Mogi Mirim após suspeita do INSS Reprodução/EPTV O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informou ...

INSS reativa benefício de aposentado amputado após choque de 14 mil volts e diz que fará pagamento retroativo
INSS reativa benefício de aposentado amputado após choque de 14 mil volts e diz que fará pagamento retroativo (Foto: Reprodução)

Aposentado há 30 anos deixa de receber benefício em Mogi Mirim após suspeita do INSS Reprodução/EPTV O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informou que reativou, nesta segunda-feira (15), o benefício de Silvio Camilo, de 74 anos, aposentado por invalidez há 30 anos, quando teve que amputar uma das pernas após um acidente de trabalho, mas que estava com o pagamento de um salário mínimo suspenso havia um ano. A família de Mogi Mirim (SP) chegou a buscar a Justiça para reaver o direito. O idoso, que era eletricista, teve uma perna amputada após sofrer um choque de 14 mil volts. Em novembro deste ano, Silvio Camilo precisou amputar a outra perna por complicações causadas pela diabetes. Em nota, o INSS informou que o aposentado vai receber os valores retroativos à data em que o benefício foi interrompido. "Esse pagamento vai ser processado e depois enviado à agência bancária. Ele pode acompanhar mais informações sobre o pagamento, a partir dos próximos dias, pelo telefone 135 ou Meu INSS", informou o órgão. 📲 Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp Márcio Camilo de Souza, filho do Silvio, ainda não havia sido informado pelo INSS da notícia de reativação do benefício, e se emocionou. "Nossa, meu pai está precisando muito, muito. Dá vontade até de chorar de alegria", disse. Aposentado há 30 anos deixa de receber benefício em Mogi Mirim após suspeita do INSS 'Considerado suspeito' O pagamento havia sido cortado após o INSS encontrar registros considerados suspeitos. Em uma revisão de benefícios, o órgão entendeu que os valores eram de pagamentos de salários a Silvio, o que causaria conflito com o recebimento do benefício. ➡️ Em documento, o INSS chegou a afirma que, caso a regularidade do benefício não fosse comprovada, Silvio Camilo precisaria devolver mais de R$ 390 mil. Silvio faz tratamento para diabetes, hipertensão e outros problemas de saúde. Com a falta da aposentadoria, a família passou a ter dificuldades para comprar remédios após a amputação da segunda perna. "Tem remédio que o governo não fornece e a gente tem que comprar, né? Então ficou difícil para ele comprar, porque ele usava o benefício da aposentadoria para poder comprar esse remédio, para ele poder tomar", diz Márcio Camilo de Souza, filho do Silvio. Relembre o caso Silvio venceu uma ação na Justiça em 1995 e a sentença determinou que o ex-eletricista recebesse valores mensais como indenização até o fim da vida. O trabalhador havia sofrido um choque de 14 mil volts durante o trabalho. "Teve o julgamento do processo dele, por ele ter sofrido um acidente, levado um choque de 14 mil volts. E o juiz ordenou que a empresa que ele trabalhava pagasse o salário dele como se fosse funcionário. Então, ele passou a ter o salário da empresa que ele trabalhava e mais o benefício da aposentadoria por invalidez", diz Márcio Camilo de Souza, filho do Silvio. Segundo a família, a Previdência Social suspeitou de irregularidades em relação a esse dinheiro durante uma revisão de benefícios. ➡️A primeira intimação para ir até uma agência veio em fevereiro. Três meses depois, o INSS enviou um ofício afirmando que encontrou informações salariais do aposentado desde 1995, situação que sugere retorno voluntário ao trabalho. No documento, a Previdência pediu que fossem apresentadas provas e afirmou que, caso a regularidade do benefício não fosse comprovada, Silvio Camilo precisaria devolver mais de R$ 390 mil. Indenização e aposentadoria Lindolfo Ferreira, o advogado que representa Silvio no processo, afirmou que o idoso tem direito à aposentadoria e também à indenização mensal. "[É um direito] receber o salário da empresa porque a empresa foi condenada, em 1995, a pagar um salário vitalício. [Isso não transformava ele em um funcionário] porque se tratava de uma ação cível, indenizatória. Tudo que precisava está lá no INSS. É o INSS que deve resolver isso com urgência, porque se trata de uma injustiça muito forte", explica. 'A gente fica bem triste com isso' Em meio ao imbróglio com o pagamento da aposentadaria, a família acompanha com tristeza e angústia a piora na saúde do homem que precisa de cuidados. "Já está fazendo um ano que isso aconteceu e a gente está esperando com que o INSS faça alguma coisa e volte a pagar. Desde janeiro para cá ele tem que receber. Então a gente fica bem triste com isso", finaliza Márcio Camilo de Souza, filho do Silvio. VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias sobre a região na página do g1 Campinas.